Baixando a bola dos chineses
- folha de S. Paulo/Uol
- 19 de jul. de 2018
- 5 min de leitura
Já passados praticamente 4 meses que o NMr. Trump chamou os chineses pra briga, temos hoje os resultados abaixo. pelo jeito o amigo do Putin está ganhando.....
seguem algumas recentes notícias sobre o assunto:
China muda discretamente a retórica na guerra comercial com EUA
China pode estar tentando ganhar tempo e problemas domésticos e internacionais podem convencer Xi Jinping a escolher uma estratégia de menor confronto.
Autoridades em Pequim parecem estar suavizando as respostas às ameaças de Donald Trump na forma de tarifas de importação. O país asiático enfrenta desaceleração da economia, queda das ações e depreciação cambial.
Nesta quinta-feira, surgiram mais evidências dessa mudança. O Ministério do Comércio preferiu não detalhar como planeja retaliar a última ameaça do presidente americano, de impor tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.
O porta-voz Gao Feng declarou que o governo tomará as medidas “necessárias” para revidar, mas quando pressionado, não chegou a repetir a promessa anterior de reagir com medidas “quantitativas” e “qualitativas”, nem especificou os passos que a China tomaria para retaliar.
A discreta mudança de tom sugere que a China pode estar tentando ganhar tempo, visando retomar negociações paralisadas e chegar a uma solução que limitaria a necessidade de impor medidas punitivas que poderiam lesar a própria economia local. Problemas domésticos e internacionais podem convencer o presidente Xi Jinping a escolher uma estratégia de menor confronto.
“A China pode estar migrando gradualmente do atual modo de retaliação recíproca na direção de uma retaliação controlada e seletiva”, disse Chang Jian, economista-chefe para o país no Barclays em Hong Kong.
Representantes da China e dos EUA abriram a possibilidade de retomar as conversas, mas não se tem notícia de decisões concretas neste sentido. Na quarta-feira, o vice-ministro do Comércio, Wang Shouwen, declarou que “quando temos um problema comercial, devemos conversar sobre isso”.
Embora o comentário tenha sido feito ao mesmo tempo em que Pequim fazia novas ameaças, a postura corresponde à inclinação da equipe de Trump de reabrir as negociações entre o alto escalão, de acordo com uma pessoa a par dos planos do governo americano.
Analistas também ressaltaram que o governo dos EUA cedeu ao permitir que a ZTE voltasse a fazer negócios com fornecedores americanos, suspendendo uma proibição de sete anos. A empresa chinesa foi acusada de violar sanções ao vender tecnologia americana para o Irã e a Coreia do Norte. A proibição forçou a ZTE a anunciar que fecharia as portas.
A Casa Branca também escolheu uma abordagem mais branda no tocante às restrições aos investimentos chineses nos EUA.
No entanto, não há sinais óbvios de um grande avanço. Tanto na China quanto nos EUA, há pressão política interna e nada indica que o governo americano dará menos atenção às ambições chinesas de criar uma economia de alta tecnologia com apoio estatal.
Ou seja, a situação é instável.
A China importou US$ 130 bilhões em produtos chineses no ano passado — menos de um terço do valor comprado da China pelos EUA. Isso complica a resposta de Pequim à última ameaça de Trump porque, em uma guerra comercial, a China não poderia impor tarifas proporcionais em dólares.
O impacto do conflito deve aparecer em indicadores da economia chinesa que saem nos próximos dias. Dados de comércio internacional em junho serão publicados nesta sexta-feira e o PIB do segundo trimestre será divulgado na segunda. A expectativa já era de desaceleração econômica neste ano, mesmo antes do agravamento da tensão comercial.
“Claramente não é do interesse da China entrar em um conflito econômico cada vez mais intenso com os EUA, que será prejudicial ao crescimento chinês”, disse Edward Alden, especialista em comércio no Conselho de Relações Internacionais em Washington. “Acho que os chineses deveriam buscar todos os caminhos possíveis para encontrar um meio-termo.”
Extraído da publicação, China muda discretamente a retórica na guerra comercial com EUA https://exame.abril.com.br/economia/china-muda-discretamente-a-retorica-na-guerra-comercial-com-eua/ via EXAME
Grandes bancos de Wall Street estão calculando até que ponto os últimos ataques de Donald Trump ao comércio internacional prejudicarão o crescimento econômico nos EUA e na China.
Este é um resumo das conclusões das instituições:
Se o presidente americano de fato aplicar tarifas de importação sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses, a taxa de crescimento seria reduzida em 0,3 a 0,4 ponto percentual nos EUA e em 0,3 ponto percentual na China, de acordo com o Morgan Stanley.
Outro risco seria a complicação das cadeias de suprimentos atingir indiretamente a China, subtraindo também 0,3 ponto percentual do ritmo de expansão.
“A potencial imposição de tarifas adicionais sobre importações da China reforça nossa opinião de que a tensão comercial deve durar mais tempo”, afirmou um relatório elaborado por economistas do Morgan Stanley liderados por Chetan Ahya.
“Ainda vemos negociações no final, mas chegar lá vai demorar mais, trazendo riscos maiores para a confiança dos empresários e para os investimentos das empresas.”
O Deutsche Bank descreveu a última ameaça de Trump como uma “escalada significativa” que, se plenamente implementada, reduziria o PIB chinês em 0,3 por cento, mais provavelmente em 2019.
“O impacto deve começar a aparecer nas exportações da China no quarto trimestre, mas esperamos que a maior parte do impacto ocorra em 2019 por causa do processo de consulta”, escreveram economistas do Deutsche liderados por Zhiwei Zhang. “Mantemos nossas projeções para o PIB de 6,6 por cento em 2018 e 6,3 por cento em 2019.”
Para o J.P Morgan, a economia chinesa pode sofrer o impacto antes do esperado, mas isso ainda é administrável.
“Se a taxação adicional entrar em vigor, as tarifas sobre importações chinesas aumentariam, na média, 6,5 pontos percentuais, o que reduziria as exportações chinesas para os EUA em 8,6 por cento e o crescimento do PIB em 0,2 por cento pelo canal de comércio.”
O banco também alerta para o impacto indireto via mercado de trabalho, consumo e confiança dos empresários.
“Apesar do aumento do conflito, acreditamos que os dois lados ainda estão dispostos a negociar”, escreveram em relatório economistas liderados por Haibin Zhu.
Eles avisaram que será difícil conter o contágio se a disputa se agravar, criando risco de “perturbação muito maior na atividade global de produção e comércio, afetando os incentivos para investimentos e prejudicando o crescimento econômico global.”
Extraído da publicação: Wall Street faz as contas do impacto da guerra comercial https://exame.abril.com.br/economia/wall-street-faz-as-contas-do-impacto-da-guerra-comercial/ via EXAME
Notícia na Uol de 22/03/18. Donald Trump está impondo restrições a produtos chineses. Governo Trump impôs tarifas sobre US$ 50 bilhões em produtos chineses. A notícia é atual mas a tática é antiga. Já vimos este filme antes. Nos anos 60, o Japão crescia velozmente impulsionado pelas exportações aos USA. Até que os americanos entenderam que já cresceram bastante e impôs uma valorização do Yen o que tirou competitividade dos produtos japoneses.
Agora os chineses entraram no radar americano que avaliaram que já estão de bom tamanho e para diminuir a participação no mercado americano, serão sobretaxados. A briga com eles deverá ser bem mais complicada que a enfrentada nos anos 60 com os japoneses, visto que importam muitos produtos americanos.
Acompanharemos com interesse os novos capítulos. Mas de imediato poderemos prever uma ofensiva mais forte dos chineses no Brasil e a melhoria da qualidade dos produtos que eles tem exportado ao nosso país. No mercado americano, os mesmos produtos que mandam prá cá, são muito superiores em qualidade e durabilidade. O que sobrar, passarão a mandar pro Brasil.
Ver reportagem completa no :
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/03/eua-abrem-guerra-comercial-contra-a-china-e-impoem-tarifas-bilionarias-ao-pais.shtml.
Posts recentes
Ver tudoTRIBUTAÇÃO NA EXPORTAÇÃO: - Normalmente só há incidência de imposto de renda sobre o lucro. - Não há IPI, pis cofins nem icms. - Há...